Os últimos números divulgados esta semana pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipea) sobre a participação do Paraná na composição do PIB Nacional, que caiu de 6,44%, em 2003, para 5,84% em 2008, trouxeram preocupação ao deputado federal Eduardo Sciarra (Democratas-PR). O estado que sempre apresentou uma economia robusta e uma infra-estrutura invejável, vem encolhendo nos últimos anos. Na avaliação do democrata, mais do que as questões macroeconômicas, que atingiram o Brasil recentemente, mais do que os eventos climáticos que prejudicam a agricultura, pesa contra o estado outro fator: a administração temerária do governo estadual, também conhecida como “Risco Requião”.
Para Sciarra, com a postura do atual governador, conhecida por seus rompantes e melindres, onde diversas decisões parecem norteadas, não pela racionalidade, mas pelas emoções, não é de surpreender que o recuo da economia paranaense se dê justamente durante os anos de sua administração. “Um governante que não respeita contratos, naturalmente vai afastar investimentos e prejudicar toda a economia”, observou.
Exemplos da postura autoritária de Requião não faltam. Um dos mais gritantes foi sua luta contra as concessionárias de estradas, promessa de campanha do governador – ou baixa ou acaba - que não se cumpriu. Outro rompante se deu logo que assumiu o palácio Iguaçu, em 2003, e tentou questionar o contrato que permitiu que a montadora de automóveis Renault se instalasse no Estado.
Sciarra salienta que este tipo de atitude também denigre a imagem do Paraná e afasta os possíveis investimentos que poderiam aportar no Estado. “Ele (Requião) gerou um clima de insegurança jurídica, criando um ambiente desfavorável ao investimento no Paraná”.
Um dos episódios emblemáticos nesse sentido, e que se arrasta até hoje, é aquele que trata do acordo de acionistas da Sanepar, que delega à Dominó Holdings S.A., sócio com 39,7% das ações, o poder de veto sobre as deliberações da empresa. Desde 2003, Requião se empenha em derrubar esse contrato. Sua última cartada foi a ameaça de reaver R$ 744 milhões que o Estado investiu na companhia.
Houve também o caso da usina termoelétrica de Araucária (UEGA), em que a peleja jurídica com o governo estadual teve que ser decidida em uma arbitragem internacional trazendo diversos prejuízos para o Paraná.
Não bastasse esse cenário que aterroriza investidores, Requião incumbiu seu irmão de dirigir o principal porto do Estado. A gestão de Eduardo Requião frente à Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) tornou-se folclórica, o que seria burlesco, se a incompetência de sua gestão não colocasse em risco o interesse dos paranaenses. Foram diversos relatórios da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) apontando irregularidades como falta de dragagem, que impedia o atracamento de navios de grande calado, e a imposição do governo do estado de não exportar soja transgênica.
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