Agripino se solidariza com servidores de INSS em Natal

Em discurso no plenário, o senador José Agripino (RN) comentou a incoerência do governo federal de suspender, de maneira ilegal, a gratificação de cerca de mil servidores do INSS, mas não hesita em criar cargos comissionados e inchar a máquina pública. Desde o dia 20 de julho, quatro servidores da Previdência estão em greve de fome, em Natal, em protesto contra a retirada do benefício referente à perda salarial entre os governos José Sarney e Fernando Collor de Mello. 

O detalhe é que o Executivo desobedeceu uma decisão judicial e decretou o fim do benefício por meio de um ato administrativo. O senador Agripino participou de audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, para tentar resolver o impasse dos funcionários da Previdência prejudicados pela medida judicial. 

“Nos últimos anos, o governo mandou para o Senado um sem número de propostas criando cargos, concedendo reajustes e benefícios a servidores. Enquanto isso, no meu estado, famílias que tiveram ganhos judiciais por quinze anos, de repente, seu direito ficou sem efeito”, frisou. No primeiro semestre de 2009, o Congresso Nacional aprovou duas propostas que criaram 1.094 cargos e funções no Poder Executivo, a um custo anual de R$ 39,8 milhões. Só o Palácio do Planalto criou 669 postos comissionados, ou seja, 61% do total. 

“Enquanto isso, no meu estado, mais de mil pais de família, funcionários do INSS, estão passando constrangimento, em greve de fome. Famílias que tiveram ganhos judiciais e contaram com suas gratificações por 17 anos”, ressaltou Agripino. Além de perderem seus salários, o governo mandou que os funcionários devolvam todo o dinheiro recebido ao longo desses anos.