O 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), defendeu ontem, em entrevista à imprensa, a gestão das contas do Sistema Integrado de Saúde (SIS) da Casa por meio de uma comissão e não por apenas uma pessoa. O senador ressaltou que essas contas pertencem aos servidores, uma vez que os recursos são provenientes de contribuições feitas por eles ao SIS para cobertura de despesas médicas, e deve haver transparência na gestão dos recursos.
A comissão responsável pela gestão das contas do SIS, na avaliação de Heráclito, deve ser composta por servidores ativos e aposentados, bem como por membros da Mesa diretora. O senador disse que poderá haver auditoria, caso sejam verificadas irregularidades na gestão de tais contas.
Toda a gestão, a partir de agora, é compartilhada, com divisão de tarefas e transparência, com a participação da Mesa diretora, para evitar absolutismo na gestão da Casa frisou ele.
Heráclito Fortes disse ainda que o Conselho de Administração do Senado deverá tratar das questões relativas ao SIS como um dos principais temas em sua reunião de hoje. O conselho, criado há 15 anos e sem se reunir havia 14 anos, foi convocado na semana passada para discutir assuntos administrativos da Casa. O colegiado é formado por diretores de diversas áreas.
Heráclito Fortes afirmou também concordar com a decisão do presidente do Senado, José Sarney, de abrir processo administrativo contra o ex-diretor-geral Agaciel da Silva Maia e o ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi, devido à edição de atos secretos.
Na opinião do 1º secretário, esse assunto "tem de ser passado a limpo". Ele frisou esperar que a comissão que fará a investigação "seja ágil e justa, trazendo clareza sobre o que foi praticado sem divulgação".
Heráclito também anunciou que a Casa poderá reduzir em 30% o seu quadro de funcionários, o que representará uma economia de 20% no orçamento.
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