Incêndio na Chapada Diamantina é tema de debate em comissão

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizou, nesta quinta-feira, uma audiência pública para discutir questões relativas ao último incêndio ocorrido no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, que resultou na destruição de mais de 50% da área verde do local.

O deputado Jorge Khoury (Democratas-BA), requerente da audiência, disse que a reunião foi produtiva. "Ficou lúcido que as autoridades e entidades ambientalistas trabalharam para acabar com o fogo. Porém, ficou claro também que houve falhas de planejamento para evitar tamanha tragédia", disse.

Já o companheiro de partido Luiz Carreira (BA), ressaltou que essas falhas e a demora da tomada de decisão das autoridades causou um gasto desnecessário, já que, após o alastramento do incêndio o combate fica prejudicado. "O ideal é que tivesse existido um plano de prevenção aos incêndios na região e que as providências tivessem sido tomadas anteriormente. Houve uma dificuldade de compreender a dimensão do desastre ambiental que estava em andamento", alertou.

Os deputados aproveitaram a presença de autoridades e entidades ambientalistas para dar sugestões para prevenir esse tipo de catástrofe. Entre as sugestões estavam maior interação entre sociedade civil da região, que conhece bem a área, brigadistas do Parque e autoridades estaduais e federais.

"É nesse ponto que vamos trabalhar agora. O presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Melo, se colocou disponível para construir desde já um planejamento integrado com a comunidade local, com as ONGs, com os brigadistas da chapada, que conhecem a região, para que se possa montar uma parceria com o poder público e ter uma ação preventiva, efetiva, que controle realmente qualquer foco de incêndio que se inicie no período crítico (agosto a novembro)", assegurou Carreira.

Khoury, que presidiu a sessão, apoiou as sugestões e ainda lembrou: "Se tomarmos precauções como estas, novas tragédias não ocorrerão futuramente".