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Possível surto de dengue no país preocupa tucanos

Diante do mapeamento divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, parlamentares tucanos temem novo surto de dengue em cidades brasileiras, principalmente em virtude da proximidade do verão. Os dados divulgados mostram que cresceu, em relação ao ano passado, o número de pessoas em áreas de situação de alerta ou risco de surto da doença. Em 2007 eram 32,6 milhões de pessoas em 77 municípios. Agora, são cerca de 33,3 milhões de brasileiros nesta condição, em 76 cidades, incluindo 14 capitais. 

AÇÕES PREVENTIVAS

O senador Flexa Ribeiro (PA) acredita que a falta de campanha de prevenção constante é a principal razão para o iminente perigo que se alastra mais uma vez pelo país. O parlamentar considera as campanhas do governo "puramente midiáticas" e lamenta que em um país como o Brasil a população ainda tenha que conviver com endemias como a malária na Amazônia e a dengue em âmbito nacional.

O tucano cobrou nesta sexta-feira do governo uma postura mais radical no sentido de combater a doença. "É preciso que o Ministério da Saúde mantenha as campanhas de prevenção o ano todo, e não só próximo ao verão, como ocorre hoje. Além disso, considero importante que a sociedade seja parceira, pois só o ente público é incapaz de debelar a larva do Aedes aegypti. Cada brasileiro precisa ter consciência de que é um fiscal nos ambientes em que vive", alertou.

Com a divulgação dos dados pelo Ministério da Saúde, o ministro da Justiça, Nelson Jobim, informou que as forças Armadas colocaram à disposição 2.231 homens capacitados para entrar no combate à dengue. Os militares serão treinados para inspecionar locais com risco de proliferação das larvas do mosquito que transmite a doença e prestarão orientações à população. O deputado Manoel Salviano (CE)defende a capacitação de pessoal para enfrentar o problema, mas garante que a prevenção é o instrumento mais eficaz para conter a proliferação do mosquito e impedir um surto da doença.

Para Salviano, a conscientização das pessoas é uma questão de educação. Por isso, acredita que o governo deve trabalhar no sentido de educar as pessoas em relação às ações contra a doença, inclusive nas escolas. "A prevenção deve ser a prioridade número 1. Deve ser conduzida em num processo compartilhado entre os governos municipal, estadual e federal. Deve haver uma orientação nas escolas para motivar os alunos e criar uma cultura entre a população de combate ao mosquito", propôs o deputado, integrante da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara (CSSF). 

O parlamentar cearense acredita para o país combater o mosquito com eficácia, é necessário somar um trabalho de conscientização da sociedade com ações governamentais efetivas. " Esse é um mal que deve ser encarado com muita seriedade num processo contínuo para evitar que se repita o que já aconteceu no Rio e em outros lugares", ponderou.

INEFICIÊNCIA

Também integrante da CSSF, o deputado Rafael Guerra (MG) considera inevitável um novo surto de dengue no próximo verão, fruto da ineficiência do governo federal para realizar campanhas de combate à doença. "O governo é especialista em marketing, mas não sabe fazer prevenção. Marketing de demagogia eles fazem bem, mas as campanhas de prevenção da dengue estão sempre em defasagem. É impressionante como o governo avisa que vai acontecer o problema, espera por ele, mas não toma nenhuma providência. Trata-se de impressionante incapacidade de gestão", criticou.

Como os demais tucanos, Guerra acredita que impedir a propagação da doença só é possível ao se aliar uma prevenção eficiente a pessoal treinado e população conscientizada. "As ações devem acontecer antes que o problema se instale, porque depois do surto instalado teremos que correr atrás do prejuízo, o que não será solução", lamentou.

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