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Deputados: crise mundial diminui postos de trabalhos

Parlamentares do PSDB afirmaram nesta sexta-feira que a crise econômica mundial já afetou o número de empregos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentados ontem pelo Ministério do Trabalho mostraram que em outubro desse ano foram criados apenas 61,4 mil postos de trabalho contra 205,2 mil vagas do mesmo mês de 2007, uma desaceleração de 70%.

DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

O deputado e empresário do setor agrícola, Alfredo Kaefer (PR), já se preocupa com essa redução de empregos. "Os efeitos da crise ainda não chegaram tão fortes aqui. A minha dúvida é que quando os efeitos dela vierem fortemente será que a situação não poderá se complicar ainda mais?", questionou o tucano. 

Na agricultura, por exemplo, houve corte de 38.422 vagas, mais que o triplo de outubro do ano passado, quando 11.405 postos de trabalho foram eliminados. Alfredo Kaefer, acredita que a redução nessa época do ano é normal, por causa do período de entresafra. Porém, os cortes são maiores que o esperado. 

"Esse é um período de entresafra, então é normal haver uma redução dos postos de trabalho. Mas é inusitado ser um número tão alto. Acredito que já há um sentimento de redução da atividade econômica por causa da crise", afirmou Kaefer.

Além da agricultura, outros setores da economia também contrataram menos pessoas em outubro. No setor de serviços, o ritmo de crescimento caiu pela metade. Em outubro de 2007 havia sido de 0,6% e esse ano foi de apenas 0,3%, com a criação de 36.142 vagas, no mesmo mês do ano passado foi registrado um crescimento de 67.751. 

No comércio foram criadas 54.590 vagas em outubro, 13% a menos do número do ano anterior. A indústria teve uma das quedas mais fortes de todos os setores. Em outubro do ano passado haviam sido criadas 60.034 postos de trabalho. No mês passado, esse número caiu para 8.730. 

O deputado Gervásio Silva (SC) considerou estranho uma queda tão alta nos postos de trabalho em outubro, justamente o período que começam as contratações de Natal. "No final de ano sempre existe um crescimento no número de ofertas de trabalho no mercado, principalmente em função da aceleração do comércio nesse período", disse. 

"A tal crise que o presidente Lula pregava que não ia chegar ao Brasil e principalmente não atingiria o trabalhador brasileiro chegou. Um exemplo disso são as montadoras que já estão demitindo e dando férias coletivas", concluiu Gervásio Silva.

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