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Pretensioso caminho de Chávez

Por Henrique Sartori de Almeida Prado*

Muitos acompanham os desejos frenéticos do Presidente da Venezuela, Sr. Hugo Chávez, em se firmar como uma referência política na América Latina. Seus atos internacionais tem sido constantes, principalmente, na medida da inércia de outros importantes atores sul-americanos em participar das tomadas de decisões do subcontinente.

Assinar o protocolo de Assunção, com a intenção da adesão da Venezuela ao Mercado Comum do Sul e sua constante crítica ao parlamento brasileiro por ainda não consentir com esta adesão, tem sido um problema de grande importância às suas intenções. Sem contar com o fato de ter deixado a Comunidade Andina de Nações – CAN, em 2006.

Contudo, agora, seu alvo está apontado em aparelhar uma proposta que vai de encontro a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que já não está muito mais na agenda da política internacional dos Estados Unidos e do Brasil.

Esta proposta, chamada ALBA – Alternativa Bolivariana para as Américas - tem sido um palanque do governo venezuelano quando se trata de integração regional e interesses em expandir seus domínios político-ideológicos na América Latina e Caribe.

A diferença desta iniciativa em comparação a outras, é que além da eliminação das tarifas alfandegárias, pretende a redução da pobreza e distribuição de renda promovida pelo Estado e não regulada em conjunto com o mercado e a iniciativa privada.

Porém, é notório o desejo do fortalecimento desta iniciativa de integração regional, pois fortaleceria a ideologia socialista e, sobretudo as intenções políticas do governo atual da Venezuela.

Coincidentemente, seus membros (Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Honduras, Equador, São Vicente e Granadinas em processo de adesão) estão hoje alinhados pela posição ideológica de seus governos e todos com projetos em andamento de cooperação econômica com a Venezuela, o Estado expoente desta iniciativa.

Ademais, qual tem sido a posição do Brasil perante esta iniciativa?

É notório que o propósito desta iniciativa de Hugo Chávez não se coaduna com a proposta do Estado brasileiro, muito menos com os propósitos do Mercosul. A proposta do Estado brasileiro é uma proposta de integração regional, que prima pela inserção competitiva, como é o Mercosul.

Os princípios da democracia, igualdade, liberdade e do estado de direito, no Brasil, estão acima de qualquer postura governamental contrária.  Nossas instituições tem mais peso, mais força e estão mais bem preparadas.

Porém é preciso estar em constante alerta.

O que aconteceu recentemente em Honduras, é um ponto. É nítido o interesse de Chavez no embate. É preciso distanciar os interesses ideológicos dos democráticos e humanos.

Outro ponto: os Estados que fazem parte da ALBA e que estão próximos do Brasil, representam cerca de aproximadamente 41% de nossas fronteiras, além de outras questões políticas que podem nos envolver, como os recentes casos dos investimentos brasileiros na Bolívia e Equador (casos do Gás e da Odebrecht-BNDES). Sem pontuar o que pode vir com o Paraguai em sua aproximação com Chavez e no assunto ITAIPU.

É preciso um posicionamento forte e certeiro do governo brasileiro, que muito tem desagradado os interesses de seu povo e de suas instituições.

É preciso estar alerta contra as intenções mascaradas  que podem envolver questões estratégicas primárias do Brasil frente aos países que estão envolvidos na aproximação dos interesses do atual governo venezuelano.

A defesa de nossas riquezas, dos nossos princípios, do nosso povo, não podem ser colocados em segundo plano ou simplesmente resolvidos na base de um discurso superado (mas perigoso) que envolvem interesses populistas e de poder.

* Henrique Sartori, 29 anos, especialista em relações internacionais (UNB). Mestrando em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento (UCG). Moderador do Instituto Friedrich Naumann – Para a Liberdade. Vice-Presidente Nacional da Juventude Democratas.

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