Suscribirte al NOTICIERO DC
correo

"Nossa preocupação é instalar com rapidez a CPI da Petrobras", afirma líder

A pouco mais de um ano para as eleições gerais, a ordem do Palácio do Planalto é impedir a CPI

Quarenta e cinco dias depois de ter sido protocolada na Mesa Diretora do Senado, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades na Petrobras e na Agência Nacional de Petróleo (ANP) não saiu do papel e dificilmente será instalada ainda nesta semana.

A pouco mais de um ano para as eleições gerais, a ordem do Palácio do Planalto é impedir o funcionamento da comissão. No lugar da CPI da Petrobras, o PMDB do Senado articula a instalação ainda esta semana da CPI do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Com essa estratégia, a expectativa dos governistas é conseguir desviar as atenções da crise do Senado e da pressão para que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), se afaste do cargo. "Não tenho nada a ver com a CPI do Dnit. Nossa preocupação é instalar com rapidez a CPI da Petrobras", afirmou o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Ele anunciou que os democratas vão entrar em obstrução, impedindo votações no plenário do Senado, caso o governo impeça a instalação da CPI nesta semana.

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), confirmou sua disposição de entregar a relatoria da CPI das Organizações Não Governamentais (ONG) para os governistas. Esta foi a condição imposta pelo governo para a instalação, no fim de junho, da CPI da Petrobras. Mas, apesar de os tucanos abrirem mão da relatoria da CPI das ONGs, a avaliação geral é de que a CPI não será instalada. ´Não sei se teremos ambiente para instalar a CPI esta semana´, observou o senador Renato Casagrande (PSB-ES).

Gabrielli atrapalhou

A entrevista do presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, publicada ontem no jornal O Estado de S.Paulo, deixou a bancada do governo em situação embaraçosa e prejudicou o esforço do Palácio do Planalto em evitar - ou adiar -a instalação da CPI, criada pelo Senado, para investigar irregularidades na estatal. Senadores do governo e da oposição concordaram que Gabrielli foi inábil e mostrou uma arrogância que prejudica a estratégia de negociação na hora mais crucial.

Na entrevista, Gabrielli disse que, na falta de fatos determinados para investigar, senadores estariam apelando para ´fatos artificiais´ armados em combinação com a imprensa, ou a ´coscuvilhices´.

No hay comentarios: