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Oposição acusa PF de agir politicamente

Ao comentar o relatório da Polícia Federal que exclui do relatório final das investigações supostas doações ilegais feitas ao PT, PTB e PV pela construtora Camargo Corrêa , o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), declarou que o partido vai solicitar formalmente hoje à Justiça de São Paulo para ter acesso aos documentos da Castelo de Areia. "Queremos todos esses documentos. Do nosso partido, todas as doações foram comprovadas", afirmou.

Rodrigo Maia disse que houve "má fé ou incompetência" dos responsáveis pelo inquérito. "A partir do momento que as pessoas responsáveis pelas investigações na operação não têm a informação de que existe na legislação, do caminho da doação legal aos partidos, posso achar que é má fé, porque as pessoas deveriam ter essa informação, ou incompetência", afirmou.

O presidente do DEM reiterou que os recursos recebidos pelo líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), da Camargo Correa, foram legítimos e declarados à Justiça Eleitoral. "Eu não sei onde a Polícia Federal e o Ministério Público querem chegar. Vai se vazando coisas aleatoriamente para se provocar o desgaste de partidos e de políticos", afirmou.

Em reportagem do "Jornal Nacional", da TV Globo, a PF informou que excluiu os três partidos governistas do relatório final porque, em princípio, as transferências foram dentro da lei. No documento que enviou à Justiça Federal, a polícia elencou como possíveis alvos de doações ilegais pela Camargo Corrêa: PSDB, DEM, PPS, PMDB, PSB, PDT e PP.

A referência aos três partidos (PT, PV e PTB), segundo o "Jornal Nacional", surgiu numa correspondência eletrônica entre um dos diretores da construtora, Fernando Dias Gomes, e Luiz Henrique, tido como representante da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo). No documento, o diretor cobrava "recibos pendentes".

Segundo ainda o documento, ao lado de cada partido foi relacionado um valor: "PSDB Comitê Financeiro de São José dos Campos, R$ 25 mil; PSDB, R$ 25 mil; PT Diretório Regional, R$ 25 mil; PTB Comitê Financeiro Municipal, R$ 25 mil; e PV Comitê Financeiro Municipal, R$ 25 mil".

Em nota divulgada nesta terça-feira, a Polícia Federal afirma que o foco da Operação Castelo de Areia são crimes financeiros e lavagem de dinheiro e não financiamento de campanhas políticas.

Segundo a nota, o tema financiamento de campanhas veio à tona em monitoramentos na época das eleições de 2008. "As conversas monitoradas não falam especificamente de um ou outro partido, mas de vários deles, portanto sem indícios de favorecimento dirigido."

 

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