O senador Antonio Carlos Junior (Democratas-BA) criticou, no Plenário desta quarta-feira (18), a falta de vontade do Governo em cortar os gastos de custeio que são despesas referentes à manutenção das atividades dos órgãos públicos, abrangendo basicamente os gastos com pessoal, material de consumo e serviços de terceiros.
Segundo dados do Siafi, Sistema Integrado de Administração Financeira, desde o início da gestão Lula esses gastos subiram 128%, ou seja, três vezes mais que a inflação medida para o período que foi de 41%.
"Há que se conter o crescimento da máquina pública e o Governo não esboça nenhum movimento no sentido de diminuir seus gastos", disse o vice-líder dos Democratas.
Ele afirmou ainda que, ao contrário do que se espera de um governo em tempos de crise, a redução das despesas, principalmente com gastos considerados supérfluos, o Palácio do Planalto bate recordes com diárias e passagens.
"Enquanto em todo o Poder Executivo, o aumento dos gastos com diárias e passagens foi da ordem de 53%, na Presidência da República, o aumento foi de 224%! Definitivamente, não será economizando o corte das unhas presidenciais ou o batom da ministra Dilma, que sobrará dinheiro para investimentos. Até porque esses não são gastos a serem custeados pelo Erário", ironizou ACM Junior.
A Reforma Tributária, que chega em maio ao Senado para apreciação, foi outro tema abordado pelo senador baiano. Ele acredita que o substitutivo apresentado pelo relator da matéria na Câmara, o deputado Sandro Mabel, tem muitos pontos positivos, mas prejudica a Bahia.
"Mantida a proposta que vem da Câmara, a Bahia, por exemplo, seria fortemente atingida e as contrapartidas com que o governo acena para mitigar os prejuízos se mostram modestas e, pior, ineficazes."
Antonio Carlos Junior lembrou ainda que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, no final do ano passado, uma proposta da Subcomissão da Reforma Tributária, que segundo o senador, seria mais justa aos estados.
"A proposta do senador Dornelles moderniza o Sistema Tributário Nacional, desonera investimentos, extingue cumulatividades, simplifica o sistema atual e, principalmente, propõe mudanças que não ignoram as diferenças regionais existentes", finalizou o Democrata.
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