Parlamentares do PSDB endossaram nesta terça-feira as críticas do governador de São Paulo, José Serra, à hesitação da gestão Lula em reagir à crise financeira mundial. Segundo o governador, em artigo publicado no jornal O Globo no último dia
NA CONTRAMÃO DO MUNDO
O deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) avalizou a opinião do governador, destacando que mesmo com a redução na Selic as instituições particulares "seguem com liberalidade total em relação ao spread". "Os juros para o pequeno empresário, por exemplo, continuam muito altos. Nos Estados Unidos, as taxas foram reduzidas e estão praticamente
O parlamentar paulista lembrou que durante a posse do novo secretário de Desenvolvimento de São Paulo Geraldo Alckmin, realizada nesta segunda-feira, Serra destacou que já estão previstas ações integradas entre governo e prefeitura da capital a fim de preparar frentes de trabalho. "As regiões metropolitanas sentirão mais agudamente a questão do desemprego. Mas o governador está atento para os todos os possíveis desdobramentos da crise, ao contrário do Planalto", disse. Pannunzio também ressaltou que Lula está aturdido com as atuais turbulências, pois mesmo com bem-sucedidos fundamentos econômicos herdados dos tucanos agora se vê confrontado com uma situação adversa. "Durante o período de bonança internacional, ele não foi competente sequer para garantir um crescimento próximo da média mundial", afirmou.
AUSTERIDADE
Na avaliação do deputado Vanderlei Macris (SP), Serra foi até comedido em suas críticas. "O governo Lula tem postura absolutamente contrária ao resto do mundo. Isso penalizou o setor produtivo brasileiro e fez com que pagássemos o preço de uma inconsequência", disse. Ele também chamou atenção para ações listadas pelo governador em seu artigo e consideradas imprescindíveis, como a execução responsável dos investimentos federais e a diminuição das despesas de custeio. "A administração petista não tem respeito à austeridade fiscal ou à redução do inchaço da máquina. Já Serra segue à risca as medidas que prega, em especial o enxugamento dos gastos correntes", avaliou.
Para Macris, nenhuma unidade da Federação estará imune aos efeitos da crise, mas São Paulo está entre os estados que, graças às ações de seus governantes, enfrentarão as turbulências com mais segurança. "Os paulistas também sentirão a crise, que é mundial, mas de maneira menos severa, pois Serra tem sido consequente, principalmente com relação ao ajuste fiscal. Ele dá a receita do que já deveria ter sido feito pelo Planalto - mas não foi. Os 655 mil postos de trabalho fechados em todo o país em dezembro são a prova disso", concluiu.
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