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PSDB deve construir seu discurso para 2010, diz Aécio

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, reuniu-se nesta quarta-feira com a bancada tucana do Senado para discutir a reforma tributária e o cenário político do país. No encontro realizado no gabinete do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), Aécio defendeu a realização de prévias para a escolha do candidato presidencial do partido nas eleições de 2010. No entanto, antes da definição de um nome, ele acredita que o partido precisa construir sua plataforma eleitoral.


SUGESTÕES

O governador também considerou adequada a decisão do Congresso de adiar a votação da proposta de reforma tributária para 2009, mas defendeu a continuidade do debate. Ele quis ouvir a opinião dos senadores sobre o assunto e fez sugestões. "Não defendo nem o açodamento de alguns, que queriam marcar posição ao votar a reforma a qualquer custo, nem uma postergação indefinida", disse Aécio após o encontro.

Para o governador, o ideal é incluir na proposta de reforma um fundo de equalização de receitas estaduais, com R$ 10 bilhões de recursos iniciais, permitindo uma melhor transição entre o atual e o futuro modelo. Além disso, os estados que apresentarem perda de arrecadação poderiam ser compensados com descontos nas parcelas de pagamento da dívida com a União. "O PSDB não deve ter uma posição contrária à reforma, cuja discussão merece um aprofundamento", recomendou. Aécio ressaltou ainda que sempre teve boa receptividade no Congresso, onde atuou por 16 anos, inclusive como presidente da Câmara. 

Sobre a corrida para o Palácio do Planalto em 2010, o governador considerou natural que seu nome seja lembrado como potencial candidato, por governar estado importante como Minas Gerais. E destacou a importância de o partido construir suas propostas a serem apresentadas aos brasileiros. "Precisamos apresentar primeiro com clareza ao país quais serão nossas cinco principais propostas e nosso discurso. Esse processo passa pelas prévias partidárias, que poderiam começar em outubro do próximo ano, de modo que a questão do candidato também esteja resolvida no fim de dezembro ou, no máximo, até janeiro", sugeriu.

Aécio considera o melhor para o partido deixar claro ao país sua visão de futuro e de esperança, com novas propostas. "Temos dez meses para compreender esse momento", disse. Ele acha também normal que o presidente Lula esteja trabalhando em favor da candidatura da ministra Dilma Rousseff, bem como eventual postulação do governador de São Paulo, José Serra. Antes de chegar ao Senado, Aécio participou da posse do ministro Ubiratan Aguiar na presidência do Tribunal de Contas da União (TCU) e reuniu-se com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, para discutir detalhes da proposta de reforma tributária.

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