Iolando Lourenço
*Repórter da Agência Brasil*
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou que análises preliminares de técnicos da Aeronáutica põem em dúvida a tese de que os pilotos do avião da TAM que se acidentou no Aeroporto de Congonhas na última terça-feira (17) estariam tentando arremeter a aeronave ao não obter sucesso no pouso. Segundo Maia, que está nos Estados Unidos para acompanhar o trabalho de análise dos dados das caixas-pretas do avião, a dúvida surge porque, até onde se pôde analisar, a aeronave teria feito um movimento "balístico" ao deixar a pista, ou seja, sua trajetória não indicaria a tentativa de voltar ao vôo.
"Duas afirmações feitas pelos técnicos da Aeronáutica nos chamam já a atenção aqui. A primeira é a de que o movimento feito pela aeronave quando saiu da pista e atravessou a Avenida Washington Luiz foi um movimento balístico. Ela saiu em linha reta e em conseqüência logo ali caiu batendo no prédio da TAM. Não foi um movimento de arremetimento", disse ele à *Agência Brasil*. O deputado explicou ainda que, em função dessa e de outras análises, o estado da pista no momento do acidente continua sendo investigado. "A pista continua sendo um elemento de investigação, depois de abrir a caixa-preta de dados. Não se pode ainda descartar o fator de que a pista pode ter contribuído para o acidente", continuou. Ele fez ressalva: "São análises preliminares que dão conta de que é preciso aprofundar as investigações nesses casos para ter resposta mais completa sobre as causas do acidente".
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