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Governo Lula desqualifica a política externa, lamenta Aleluia

Para o vice-presidente nacional do Democratas, deputado José carlos Aleluia, o que mais chamou a atenção durante a conferência "A Política Externa do Brasil - Diagnósticos e Perspectivas", realizada pela fundação do Democratas, Liberdade e Cidadania, nesta segunda-feira, em São Paulo, foi a crítica unânime à poltica externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

"Quando se vê diplomatas do nível do Ricupero, do Sérgio Amaral, do Azambuja, do Lampreia desfilarem críticas contundentes à política externa brasileira, fica a convicção de que a condenação a um setor que historicamente dignificou o Brasil não é apenas discurso da oposição. O governo do PT desqualificou a política externa do país", lamentou Aleluia.

Presidente da Fundação Liberdade e Cidadania, ele considerou um sucesso a realização do encontro, que teve a participação de pelo menos 600 estudantes de universidades paulistas, o prefeito Gilberto Kassab, os presidentes do DEM, Rodrigo Maia, e do PPS, Roberto Freite, senadores, deputados e empresários.

Foram conferencistas os embaixadores Rubens Ricúpero, Marcos Azambuja, Luiz Felipe Lampreia, Sérgio Amaral, Sebastião do Rêgo Barros e o Jornalista de "O Estado de São Paulo" Antonio Carlos Pereira.

Ao abrir a conferência, Aleluia exaltou a presença dos jovens que lotaram o auditório.

"A presença de tantos jovens neste encontro mostra que há uma preocupação com o futuro do país. Sairemos daqui com a certeza de que o Brasil terá lideranças melhores amanhã e que a política brasileira retomará a dignidade", observou o líder democrata.

Segundo o embaixador Ricupero, talvez o mais severo nas criticas à administração Lula, as concessões feitas pelo Brasil à Bolívia, Equador, Venezuela e Paraguai resvalam para o ridículo.

"O governo brasileiro chegou ao cúmulo de interferir nas eleições da Bolívia e do Paraguai, e de tolerar a ocupação de instalações da Petrobras. A ideologização da política externa é um equívoco e uma agressão à história do Itamarati, ao Rio Branco", afirmou Ricupero.

Depois de declarar que o atual governo apoderou-se de todos os números históricos da diplomacia brasileira, Ricupero contestou a política atual.

"O que se pratica hoje é a política do personalismo (a Lula), não se sabe sequer nomes de ministros, nem quantos são. Não é uma política de Estado. É uma política de governo. É a diplomacia paralela do PT, da ideologização. A diplomacia brasileira não age mais como emissária do Estado, mas como militante partidária", observou o embaixador Ricupero.

Discurso igual

Os demais embaixadores seguiram a linha de Ricupero, condenando o desamanche da política externa brasileira. Lembram, por exemplo, a tentativa do governo Lula de ganhar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Unanimemente, criticaram a ingenuidade lulista, que passou a abrir representações diplomáticas na África, como se a eleição para o Conselho fosse uma mera questão de números, uma questão matemática.

O jornalista Antonio Carlos Pereira disse que há um enorme abismo entre a política externa de governos passados e a política do governo Lula.

"Não se pode comparar o que existia ontem com o que não existe mais", advertiu.

Carlos Pereira fez duras críticas ao Congresso Nacional, segundo ele responsável direto pela continuação da censura à imprensa no país.

"Um juiz proíbe o jornal "Estado de São Paulo" de publicar determinada notícia porque as nossas leis são anacrônicas. Cabe aos legisladores, deputados e senadores, atualizarem as leis para que se impeça arbitrariedades como a censura", alertou o jornalista.

O embaixador Sebastião do Rego Barros, ao condenar o "euforismo" lulista, deu um exemplo de como o Brasil está distante das grande potências.

"A Petrobras perfurou até hoje 22 mil poços; os Estados Unidos, 4 milhões de poços. O ufanismo do governo não passa mesmo de ufanismo", afirmou.

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